segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Escândalos

DEPUTADOS ENVOLVIDOS
NO ESCANDALO DA SEMA

Investigações da Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF), através de escutas telefônicas interceptadas com ordem judicial, declaram como funcionava o esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para aprovação de planos de manejo durante o governo de Ana Júlia Carepa.  Com a prática de corrupção ativa e passiva eram utilizados valores obtidos com ilícitos em despesas corriqueiras tentavam esconder os rendimentos desonestos por meio de contas bancárias e bens em nome de terceiros.
Para a liberação dos projetos eram usados a influencia de políticos que faziam pressão devido à proximidade da eleição de outubro passado. Conversas gravadas pelas investigações da PF deixa claro o envolvimento de servidores da Sema, intermediários, madeireiros, fazendeiros, autoridades do governo passado e políticos como os deputados federais eleitos Cláudio Puty (PT), Giovanni Queiroz (PDT), os estaduais Cássio Andrade (PSB), Bernadette ten Caten (PT) e Gabriel Guerreiro (PV).
Diálogos entre o ex-secretário Cláudio Cunha e Gabriel Guerreiro (PV): “Deputado, aquele seu manejo deve tá saindo já, viu?”. Guerreiro responde: “Tá na sua mão, solte pra mim hoje”. E Cláudio retorna: “Não, vou soltar agora”. Mais adiante, fala para um servidor da Sema que vai atender o deputado e “gastar a tinta dessa caneta com o maior prazer”.
Cássio Andrade, dono de uma empresa que negocia peixes ornamentais, também telefona e cobra celeridade na liberação de seu projeto. “São os meus peixinhos...”, resume. É atendido prontamente. Em outro trecho, Picanço diz para Cláudio Cunha que Bernadete “tá torrando a paciência” e pergunta se ele está acompanhando os processos dela. Cunha responde que sim, mas argumenta que os projetos têm “pendências em Marabá”, que a deputada quer “empurrar goela abaixo”.
De acordo com o relatório das investigações, o então secretário do órgão, Aníbal Picanço, se mudou de uma humilde casa no bairro do Reduto para residir em um apartamento no Umarizal avaliado em R$ 1,5 milhão; muito superior aos seus rendimentos de suas funções.


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