sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Perversidade



Infanticídio
A Polícia Civil prendeu, em São Miguel do Guamá, no nordeste paraense, os estudantes de Pedagogia Washington Maurício Gomes Matos, 32 anos, e Kamilla Cristie Ramos de Lima, 23, acusados de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Eles são suspeitos de matar o próprio filho, um bebê recém-nascido, do sexo masculino. Os dois mataram a criança logo após o nascimento. “A criança é fruto de um relacionamento extraconjugal. O pai do bebê é casado. Logo após a mãe dar a luz em um parto normal, ela ligou para ele e ambos mataram a criança asfixiada. Depois, enterraram o recém-nascido em um ramal”, disse o delegado Ronaldo Lopes, titular da delegacia local.
As prisões foram feitas pela equipe formada pelos policiais civis Océlio Miranda, Paulo César, Vasconcelos e Geovane Santos. Ainda conforme o delegado, a investigação teve início, no último dia 29, quando caçadores encontraram, em uma mata fechada, situada no ramal do Curuçazinho, o corpo de uma criança recém-nascida enterrada e enrolada em uma colcha de cama. Eles foram até a Unidade Integrada de São Miguel do Guamá para comunicar o fato. Foi então que o delegado acionou a equipe da perícia criminal do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Castanhal para a realização dos exames de local de crime e a remoção de cadáver.
Na noite da última quarta-feira (30), o delegado foi informado que uma mulher estava no hospital local para receber atendimento médico, com quadro clínico de hemorragia. Os médicos de plantão perceberam que ela estava com placenta e com resto de cordão umbilical. A equipe de policiais civis foi até o hospital, onde interrogou a mulher, Kamilla Lima. A mulher confessou o crime. E contou que tinha um caso com Washington, que é casado, e que os dois passaram a ter um relacionamento. “Os dois, inclusive, já tiveram um filho, e, agora novamente, ela estava grávida dele. Porém, a família da estudante não aceitava o relacionamento pelo fato de tratar de um homem casado”, detalhou o delegado. Assim, a mulher escondeu, durante os nove meses, a gravidez da família.
No último dia 29, ela resolveu fazer o parto normal por conta própria. Depois de matar a criança, a acusada contou que entregou o corpo Washington. Ele seguiu até o ramal e ali enterrou o corpo. Os policiais civis foram até a casa do acusado, onde o prenderam. No momento da detenção, Washington estava com a sua família. Aos policiais, ele confessou apenas ter feito a ocultação do cadáver e negou ter participado do homicídio. A criança apresentava sinais de violência com traumatismo craniano e asfixia. A causa da morte será determinada pela perícia criminal. No local onde estava o corpo, os policiais encontraram uma faca utilizada no crime e uma colcha de cama enrolada no bebê. Já encaminhados ao sistema penitenciário, os dois permanecerão presos, à disposição da Justiça em São Miguel do Guamá.
                                                                           
                                                                                           Jornal O Liberal – 1° de Agosto de 2014.

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