GOVERNO
FEDERAL COMEÇOU
A DESCONTAR AS HORAS PARADAS
O corte de
ponto atingiu servidores em todo o país. No Ministério da Saúde, 1.500
funcionários receberam contra-cheques com desconto. Na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), quase 700 e no Ministério da Justiça, quase
1.500, incluindo policiais, tiveram o desconto dos dias parados.
Os
representantes dos servidores reclamam da medida. Dizem que 30 mil funcionários
e não 11,5 mil, como divulgou o governo, tiveram descontos. Em muitos casos, os
contra-cheques estão zerados.
Em meio à
queda de braço, nesta quarta-feira (22) funcionários do Ministério das Relações
Exteriores entraram em greve. Em Mato Grosso do Sul, a greve da Polícia
Rodoviária deixa livre o acesso de carros que saem do Paraguai e entram no
Brasil. No Paraná, em outro ponto da fronteira com o Paraguai, a fiscalização
na Ponte da Amizade só foi regularizada no fim da tarde com a chegada de dez
policiais federais.
Diante da
greve, começou dentro do governo uma discussão sobre a segurança pública em
grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas. Alguns defendem que a
coordenação das ações fique a cargo do Ministério da Defesa e não do Ministério
da Justiça. A decisão será da presidente Dilma.
SERVIDORES FEDERAIS REAGEM
SERVIDORES FEDERAIS REAGEM
AO CORTE DO GOVERNO
A decisão
do governo de cortar o ponto de 11.495 servidores públicos federais em greve há
três meses causou reação contrária a desejada pelo governo. Entidades ouvidas
pelo Vermelho só confirmaram o que é senso comum no movimento sindical: quanto
mais autoritária a postura, mais chances de radicalização do movimento.
Segundo o dirigente da Fasubra, que representa cerca de 150 mil trabalhadores (de um total de 180 mil), os servidores das universidades federais não serão descontados já que a intenção é fechar acordo com todos eles até final deste mês.
Segundo o dirigente da Fasubra, que representa cerca de 150 mil trabalhadores (de um total de 180 mil), os servidores das universidades federais não serão descontados já que a intenção é fechar acordo com todos eles até final deste mês.
A Federação
Nacional dos Policiais Federais (FNPF) contou que o corte na folha de pagamento
só contribui para fortalecer o movimento.
“O que o
governo conseguiu foi só que alguns colegas que ainda não tinham aderido a
greve, aderissem. A greve é direito do trabalhador. Estamos negociando há mais
de 2 anos com o governo e até agora não apresentou nenhuma proposta”, explicou
Naziazeno Florentino Santos, o Filé, diretor de seguridade social da FNPF,
lembrando que a categoria de servidores está sem reajuste desde 2009.
Desde 1996,
a lei 9.266 instituiu a obrigatoriedade do nível superior para a realização de
concurso público para a Polícia Federal. Mas, de acordo com o dirigente, todas
as atribuições são anteriores à Constituição de 1988 e à Lei de 1996 e foram
ditadas a partir de portaria.
JUSTIÇA FEDERAL IMPEDE
DESCONTO DE
SALÁRIO
DE SERVIDORE
O
Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF)
conseguiu na Justiça liminar que impede o governo federal de promover corte de
salário devido ao atual movimento de greve. A decisão também determina que os
servidores mantenham regime de rodízio, “de modo a não paralisar completamente
as atividades que lhes competem”.
A liminar beneficia somente os servidores federais no Distrito Federal, prevendo multa de R$ 1 mil por dia em caso de descumprimento por parte do governo. Na sua decisão, o juiz Flávio Marcelo Sérvio Borges, da Seção Judiciária do Distrito Federal, diz ainda que governo deve criar folha complementar para atender à decisão, “caso algum decréscimo já tenha sido procedido”.
Na justificativa da liminar, o magistrado considera o movimento como legal. “De tudo surge a legitimidade da greve aqui discutida, pelo menos em toada de princípio. E dessa legitimidade inaugural é que emerge a impossibilidade do corte dos pontos dos servidores que a ela aderiram, pela singela razão de que o exercício de um direito não pode traduzir prejuízo, e tampouco intimidação”, Disse.
O Sindsep-DF comunicou em nota que fará gestões para que os secretários de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e de Gestão Pública, Ana Lúcia Amorim, ambos do Ministério do Planejamento, “sejam intimados imediatamente e procedam a devolução dos valores retidos ilegalmente, referentes aos dias da greve nos salários”.
A liminar beneficia somente os servidores federais no Distrito Federal, prevendo multa de R$ 1 mil por dia em caso de descumprimento por parte do governo. Na sua decisão, o juiz Flávio Marcelo Sérvio Borges, da Seção Judiciária do Distrito Federal, diz ainda que governo deve criar folha complementar para atender à decisão, “caso algum decréscimo já tenha sido procedido”.
Na justificativa da liminar, o magistrado considera o movimento como legal. “De tudo surge a legitimidade da greve aqui discutida, pelo menos em toada de princípio. E dessa legitimidade inaugural é que emerge a impossibilidade do corte dos pontos dos servidores que a ela aderiram, pela singela razão de que o exercício de um direito não pode traduzir prejuízo, e tampouco intimidação”, Disse.
O Sindsep-DF comunicou em nota que fará gestões para que os secretários de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e de Gestão Pública, Ana Lúcia Amorim, ambos do Ministério do Planejamento, “sejam intimados imediatamente e procedam a devolução dos valores retidos ilegalmente, referentes aos dias da greve nos salários”.
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