sexta-feira, 28 de maio de 2010

Lixão a Céu Aberto

Lixão: causa, danos e soluções

A poluição causada por um lixão atinge muitos e muitos

Quilômetros em volta, ou até mais, já que as águas e o ar movimentam-se

Lixão é a disposição final de lixo sem qualquer tratamento. É o meio que mais causa danos ao homem e ao meio ambiente e - pasmem! - é o mais usado no Brasil.

Muitos municípios (Abaetetuba, Acará, Baião, Barcarena, Cametá, Igarapé-Miri Mocajuba, Moju e Tailândia) de nossa região joga lixo ao ar livre. Essa lixarada toda traz vários problemas. Primeiro, junta bichos que podem causar doenças e até epidemias, como ratos, baratas, moscas e mosquitos. Depois, causa um cheiro absolutamente nojento, que maltrata a população.

Muito grave também é o fato de que a decomposição do lixo gera o chorume, um líquido que contamina o solo, o ar e os recursos naturais de água. Ou seja, as populações mais ou menos perto dos lixões podem estar bebendo e usando água contaminada, sem saber.

Como os lixões não são controlados nem medidos por ninguém, qualquer pessoa ou empresa que não raciocina muito bem pode jogar ali resíduos perigosos, como lixo hospitalar, produtos radioativos ou tóxicos, que deveriam ter um tratamento especial.

O lixão a céu aberto também atrai catadores de lixo (adultos e crianças que se contaminam com doenças variadas!), animais domésticos (gatos e cachorros), que comem aqueles restos.

Algumas soluções

Há algumas opções, melhores que o lixão: bons projetos de reciclagem diminuem a quantidade de lixo, porque garrafas PET, vidros etc. passam a ser reutilizados, criando-se com eles novas garrafas, móveis e até casas de verdade.

O aterro sanitário é uma opção melhor. É um processo mais complicado, onde os resíduos sólidos (ou seja, o lixo!) são “arrumados” no solo de acordo com um projeto de engenharia que envolve a drenagem dos líquidos e dos gases. E é possível também incinerar, ou seja, queimar o lixo, para diminuir seu volume. Essa incineração tem que ser feita de modo muito controlado, para não provocar poluição do ar nem um incêndio na região.


Planejando uma melhor maneira

De reduzir, reutilizar, reaproveitar e

reciclar o lixo doméstico do dia-a-dia

O lixão é modelo de gestão ambiental totalmente inadequado, quando se sabe que o vidro (13% do lixo recolhido) não se degrada, mas pode ser totalmente reaproveitado; que os plásticos mais usados (7% do lixo) demoram centenas de anos para se decompor, mas havendo seleção por tipo podem ser também plenamente reciclados; que entre os metais (10% do lixo) a média para a oxidação é de dez anos, mas o alumínio - que não se desintegra nunca - poderia ter expandida sua reciclagem; que o papel em geral (50% do lixo) pode se manter intacto por décadas, mas tem pleno reaproveitamento possível na indústria.

As matérias orgânicas e outros resíduos podem ser usadas na formação de biogás (resultante de sua decomposição.

O Brasil é campeão mundial no reaproveitamento de latinhas de alumínio; os plásticos dependem de separação manual por tipo; até o isopor pode e deve ser reaproveitado, sendo necessária uma campanha, lembrando que sua queima libera clorofluorcarbonetos, prejudicando a atmosfera.

Ao mesmo tempo em que pensam de forma simplista sobre o assunto, abordando apenas como empresas contratadas sem licitação pública farão o enterro dos detritos, e relegando a último plano as propostas para a reciclagem do lixo, que eliminariam definitivamente o problema, executivos e legislativos municipais esquecem ou não tem conhecimento do problema social representado pelos catadores de lixo que, com seus filhos montam moradia junto ao lixão de sua cidade (o caso de Moju), tirando de lá seu sustento do reaproveitamento do lixo, mesmo sem qualquer equipamentos (ex. luvas, botas, etc.), ainda usando técnicas primitivas.

Pasmem, menos de 10% do lixo depositado nesses lixões são aproveitados; quando já existem cidades na Alemanha reciclando 75% do lixo produzido e novas técnicas permitirem a reciclagem total dos resíduos.

Reduzir

Uma forma que aumentamos o lixo de casa sem perceber é comprando produtos revestidos com muitas embalagens que no final jogamos fora, ou com embalagens não-recicláveis, por exemplo o isopor.

Quando fazemos compras, temos que pensar no que realmente precisamos das, pois além de diminuir o lixo, muitas vezes estaremos economizando!

Reutilizar

Podemos reaproveitar os potes de sorvete para guardar comida, fazer arte com garrafas peti, vidro e jornal. Imagine se conseguirmos usar pelo menos mais uma vez as coisas que consumimos, o quanto estaríamos diminuindo o lixo de casa.

Reciclar

É hora de pensar em reciclar. Muitos materiais podem ser reciclados e cada um por uma técnica diferente. A reciclagem permite uma diminuição da exploração dos recursos naturais e muitas vezes é um processo mais barato do que a produção de um material a partir da matéria-prima bruta.


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