Ex-servidores da Alepa
são denunciados pelo MPE
O promotor de justiça Arnaldo Azevedo ofereceu denúncia criminal hoje (21) contra os ex-servidores da Alepa, Bruno Leal Fonseca e Brunna do Nascimento Costa Figueiredo ambos denunciados por fraudes da folha de pagamentos da Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) no período de 2003 a 2009. Esta é a sexta denúncia este ano totalizando 40 pessoas denunciadas junto ao Fórum criminal em Belém, pelo Ministério Público.
Dados do MP apontam que esquema fraudulento montado na folha de pagamento desviava cerca de seis milhões de reais por mês. Os números foram apontados após identificar altos valores pagos para trabalhos de consultorias e assessorias na Alepa sem previsão legal.
Segundo o teor da denúncia, Bruno e Brunna tinham em seus contracheques diferenças entre o crédito bancário e a folha de pagamento. Ou seja, o crédito bancário (Banpará) é muito superior ao constante na Folha de pagamento emitida pela Alepa.
Na avaliação do promotor Azevedo, a “pena máxima para este tipo de crime é de doze anos de reclusão. E o juiz pode ainda determinar o ressarcimento dos valores auferidos de forma ilegal pelos réus”.
“Eu viajava muito pelo interior do Estado cumprindo o meu papel de assessor parlamentar”, disse o ex-servidor, Bruno Leal Fonseca em oitiva no MP.
“Todo o dinheiro que entrava na minha conta bancária era movimentado pela Mônica Pinto”, afirmou a ex-servidora, Bruna do Nascimento Costa Figueiredo (prima de Mônica) em depoimento ao promotor de justiça, Arnaldo Célio da Costa Azevedo da promotoria da área criminal do MP em Belém.
Com estas declarações os dois denunciados Bruno Fonseca e Bruna Figueiredo tentaram justificar a diferença entre Crédito bancário e Folha de pagamento identificada em suas contas bancárias, fruto de depósitos efetuados no período entre 2003 a 2009 pela Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).
No caso do ex-servidor Bruno, a diferença apurada pelo MP até agosto/2011, é R$40.000,75, valor este derivado entre o crédito bancário de (R$50.611,29) e o líquido na folha de (R$10.610,54).
No caso da ex-servidora Brunna, a diferença, apurada pelo MP até agosto/2011, é de R$298.000,00, valor este derivado entre o crédito bancário de (R$312.253,62) e o líquido na folha de (R$14.253,62).
Mônica garantiu que nunca recebeu um centavo do dinheiro que depositado na conta de Bruna. Ao contrário afirmou que todos os recursos financeiros eram utilizados por Bruna.
Azevedo disse que investigações na Alepa vão se prolongar por mais alguns meses, “enquanto tiver indícios, denúncias e fatos novos o MP vai continuar investigando”.
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