sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Guerra Urbana em todos os municípios

A violência no Brasil realmente tem estatísticas que formam um quadro de guerra. Milhares de vidas são eliminadas, diariamente, em muitos tipos de crimes. As políticas públicas apresentam um retrato de total ineficiência diante dos índices. Só para a situar o amigo leitor no conjunto de números, de acordo com um levantamento feito pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais, em Genebra, na Suíça, cerca de 500 mil pessoas morrem por ano vitimas de armas leves de fogo. Desse total, 200 mil são vitimas de homicídio, suicídio ou por acidente e outras 300 mil morrem em conflitos armados.
Esses parâmetros nos relevam que, em média, uma pessoa morre por minuto por causa dessas armas. São classificadas de leves as armas curtas ou longas, de uso civil ou militar, que podem ser manuseadas e transportadas por uma pessoa. O curioso é que ainda existem críticos das políticas de desarmamento! E um detalhe: nós só estamos apresentando índices de vitimas fatais. Os números seriam assustadores se acrescentássemos as vitimas que ficaram com graves seqüelas deixadas por essa “guerra urbana”. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Governo federal, o Brasil aparece nas relações dos países onde as armas de fogo mais matam. É quase o dobro do verificado na Holanda, por exemplo. A relatora das Nações Unidas para execuções sumárias, Asma Jahangir, visitou o Brasil no ano passado e ficou chocada com essa realidade. Ela, inclusive, criticou a falta de estatísticas mais recentes. Desses 500 mil casos de mortes todo ano por arma de fogo, cerca de 45 mil ocorrem em nosso país, o que corresponde a 8%do total global. Se colocarmos numa proporção, vermos que são números muitos elevados, pois o Brasil possui apenas 3% da população mundial. Na Guerra do Iraque, entre março e maio do ano passado, foram 35 mil mortos. Ainda segundo a OMS, a cada 12 minutos uma pessoa é assassinada no Brasil. A violência, em nosso território, principalmente nas grandes cidades, realmente tem proporções de uma guerra.
“De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão prazeres que militam na vossa carne? (Thiago 4.1).

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