terça-feira, 24 de abril de 2012



Acidente na Alça Viária faz vitimas
No final da tarde de hoje (24), por volta das 17:30 horas, no km 20 da Alça Viária, aconteceu um grave acidente envolvendo um micro ônibus e uma carreta que resultou em nove mortos e vários feridos entre adultos e crianças. Todos os envolvidos no acidente foram encaminhados para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua. O coletivo colidiu frontalmente com uma carreta que transportava bobina de aço. O impacto foi tão grande que as bobinas rolaram por cima do cavalo da carreta atingindo o micro-ônibus.

As vítimas que estão sendo atendidas são: Carlos Otávio Tavares da Silva, Esmael Gonçalves Pereira, Eva dos Santos Bento, menor de 12 anos, menor de 11 anos, Daniel Barbosa Barbalho, Eunice Tavares da Silva, Danila Mendonça Barbalho, Pedro Meireles Teixeira, desconhecida da Alça Viária, menor de 4 anos, Elismar de Souza Chaves, Francisco de Assis Araujo da Silva, Eliana Slongo, Antonia Linhares, menor de 8 anos.

O micro-ônibus era alugado pela prefeitura de Tailândia e retornava ao município transportando pacientes que fizeram tratamento de hemodiálise em Belém.



Prefeitura de Tailândia
faz nota sobre o acidente
Na noite desta terça-feira (24), o prefeito de Tailândia, Gilberto Sulfredini, divulgou nota de pesar pelo acidente ocorrido no começo da tarde de hoje, na Alça Viária, envolvendo um micro-ônibus alugado pelo município.


Abaixo, na íntegra, a nota.

"É com profundo pesar que a Prefeitura de Tailândia informa o acidente ocorrido na tarde desta terça-feira (24), no quilômetro 20 da Alça Viária, envolvendo os passageiros de um ônibus com pacientes que retornavam de atendimento especializado em hospitais em Belém. O ônibus transportava 24 pessoas, entre as quais, pacientes e acompanhantes que retornavam de Belém para Tailândia. No choque com uma carreta que transportava bobinas de aço, o acidente causou a morte de sete pessoas e deixou outras 16 feridas. Todas as vítimas foram atendidas no Hospital Metropolitano. A prefeitura informa ainda que está prestando assistência psicossocial às famílias e parentes das vítimas".

quarta-feira, 7 de março de 2012

BENS DE DEPUTADOS E SENADOR
DEVERÃO SER EMPENHADOS 
O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, Elder Lisboa, deverá decidir se expedirá pedida pelo Ministério Público do Estado (MPE) para os bens do ex-presidente da Assembléia Legislativa do Pará (Alepa), atual senador do PSDB Mário Couto, do deputado estadual Haroldo Martins (que foi 1° secretário da gestão do senador) e de outros 14 servidores da Alepa, para que se tornem seus bens indisponíveis. Os mesmos já foram citados em ação civil pública do MPE. O Juiz deverá decidir sobre pedido após o prazo para defesa de todos os envolvidos, que é de 15 dias. 
O promotor de justiça Nelson Medrado já apresentou ação civil publica que deu origem ao processo no início de fevereiro. MPE pede, através da ação, que a Justiça condene os acusados a devolver exatos R$ 2.387.851,81 aos cofres públicos, valor desviado por conta das fraudes na folha. Para garantir o total ressarcimento ao erário em caso de condenação. Eles são acusados pelo MPE de colaborar direta ou indiretamente para o esquema de fraudes na folha de pagamento no Legislativo, que desviou dos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões durante os anos de 2003 a 2007. 
Os réus tem o prazo de 15 dias para se manifestarem sobre a defesa das acusações de fraudes envolvendo a folha de pagamento na Alepa. Após este prazo, o juiz irá apreciar a liminar e se pronunciar sobre o acautelamento dos bens dos réus para decisão posterior. No despacho de ontem (06), Elder Lisboa determinou, preliminarmente, que seja "oficiada a Receita Federal para que forneça a declaração de bens dos investigados", os cartórios de registro de imóveis de Belém e o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran); com esta medida deverá ser evitado que os acusados vendam ou transfiram seus bens móveis e imóveis. 

MPE MOVE AÇÃO A DESEMBARGADORES 
O Ministério Público do Estado ofereceu ontem (06), à Justiça duas ações de improbidade administrativa que atingem as desembargadoras Albanira Bemerguy (ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado – TJE-PA), atualmente aposentada; e Maria Edwiges Miranda Lobato, recentemente promovida ao desembargo. A ação a Albanira, de autoria do promotor Nelson Medrado, indica que a desembargadora teria descumprido decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação de improbidade que envolve a desembargadora Maria Edwiges, oferecida pelo promotor Firmino Araújo, diz que a magistrada teria posto em liberdade um réu defendido pelo escritório de advocacia do irmão da magistrada. 
Segundo a ação movida por meio do promotor Nelson Medrado, em 2008, a desembargadora Albanira Bemerguy autorizou pagamento de precatório no valor de R$ 611.432,31, relativo aos honorários do advogado Manoel Vitalino Martins, que atuou em uma ação de indenização movida contra a Prefeitura de Belém. A prefeitura perdeu a ação e foi condenada ao pagamento de R$ 3 milhões aos autores do processo, valor que passou para R$ 21 milhões no julgamento do 2º grau. Para o promotor, a desembargadora descumpriu descisão do STJ ao liberar o pagamento de mais de R$ 600 mil ao advogado depois da decisão e, por isso, deve responder ao processo. 

SAÚDE PÚBLICA NA UTI 
O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) deu início nesta semana a mais uma sequência de visitas técnicas a unidades de saúde do Estado. As primeiras a serem visitadas foram às unidades municipais de saúde da Marambaia e da Sacramenta. Segundo o sindicato, a visita in loco confirmou informações que tinham chegado de péssimas condições de trabalho e de atendimento dessas unidades para a população. 
Na Sacramenta, o Sindmepa constatou que aparelhos de pressão arterial de uso no local são insuficientes, equipamentos de raio-x estão com defeito e poucos exames laboratoriais estão sendo executados naquela unidade. 
Na Marambaia não foi diferente, lá, os médicos deram de cara com aparelhos de ar condicionado enferrujados sem as menores condições acumulando sujeiras (ácaros e ferrugem). Também, os serviços de atendimentos aos idosos funciona de maneira precária e não conta a quantidade de profissionais suficientes que atendam o idoso em as suas necessidades de saúde. Os representantes do Sindmepa observaram que o posto necessita de reforma e de equipamentos médicos, remédios e objetos de suma importância como, cadeiras, mesas, fogões e acento aos pacientes. 

FILHA E MÃE SÃO AGREDIDAS E
ESFAQUEADAS POR ADOLESCENTE 
No bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, região metropolitana de Belém, Jaciara Ferreira Ribeiro, de 26 anos, dormia com os dois filhos durante a madrugada de ontem (6), quando foi surpreendida pela a invasão de adolescentes armados de faca que adentraram em sua residência e agredindo-a, juntamente com sua filha de 4 meses de idade, com golpes certeiros. As vitimas em estado grave, foram levadas Hospital Metropolitano para atendimento de socorro. 
Segundo vizinhos da vitima, o crime foi motivado por vingança, já que Jaciara teria denunciado os deliquêntes (infratores) e os mesmos. Como forma de represália, praticaram suas ações nefasta (criminosa) por terem sido delatados e esfaquearam a mulher e o bebê. 
Ainda no mesmo dia, à tarde, 14ª Zona de Policiamento conseguiu prender um dos adolescentes que estava escondido no Aurá, o qual seria o autor dos ferimentos nas vitimas, e encaminhado à Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data). A polícia ainda está no rastro dos outros três envolvidos. 

ASSALTANTE É MORTO PELA VÍTIMA 
Um bandido foi morto numa tentativa de assalto no início da tarde de ontem (06) no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. O crime ocorreu na avenida Independência. Segundo relato de moradores próximos, Francisco Edmar da Silva Chaves, de 24 anos, tentou roubar a motocicleta de um homem, que seria policial. A vítima reagiu ao assalto e atirou três vezes na direção do criminoso. Os tiros atingiram a cabeça do bandido, que faleceu na hora. Após efetuar os disparos, o desconhecido desapareceu do local. 
Uma equipe da Divisão de Homicídios da Polícia Civil foi deslocada até a área. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) isolaram a área e iniciaram o trabalho de levantamento de local de crime. O trabalho dos peritos foi acompanhado por dezenas de curiosos, que se aglomeraram diante do cadáver. “Estava tentando atravessar a rua quando ouvi o barulho dos tiros. Quando olhei o rapaz já estava no chão e o outro fugiu na moto. O que atirou era um policial aqui do bairro”, afirmou um morador da área, que preferiu não se identificar. 

COMBUSTÍVEL SOFRE AUMENTO 
A partir de hoje (07), mesmo com a negativa da presidente da Petrobrás, Maria das Graças Fortes, informando que os preços dos combustíveis não seriam reajustados, o consumidor paraense amanheceu pagando mais caro para abastecer o carro em alguns postos de combustíveis. Sem informar os consumidores, as distribuidoras reajustaram os valores da gasolina, em 0,40%, e do álcool, em 1,5%, segundo informações do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado do Pará (Sindicombustíveis-PA). Grande parte dos revendedores repassou o reajuste das distribuidoras às bombas. Em pouco menos de dois meses, este foi o terceiro aumento dos combustíveis. Com a expansão dos preços, a gasolina, que era comercializada a R$ 2,46 o litro, passa a custar R$ 2,47. Já o álcool, sofreu uma alavancada de R$ 0,03 - saltando de R$ 2,01 para R$ 2,04 o litro. Este é o terceiro reajuste de preços dos combustíveis ocorrido em três meses. 
O presidente do Sindicombustíveis-PA, Alírio Gonçalves, avalia que mesmo com as declarações da presidente da Petrobrás de que o preço da gasolina e do óleo diesel não seriam reajustados, os distribuidores paraenses alteraram para cima os valores na tabela dos combustíveis. "O consumidor nem foi avisado deste aumento. Eles vão acrescendo centavos", conta, frisando que as empresas que fazem a distribuição realizam aumentos semanais. Para Gonçalves, a expansão dos preços impactará diretamente nos postos. "Quando o assunto é combustível, o Pará está entre as cinco capitais mais caras do Brasil", destaca. 
Alírio Gonçalves garante que os consumidores não são os únicos a sentirem o reajuste no bolso. "Nós temos a quinta pior margem de lucro para revenda do País. São ganhos reduzidos, já que nem todos os aumentos são repassados", pontua. Segundo ele, os valores propostos pelas distribuidoras podem acarretar em colapsos futuros aos postos. "Os estabelecimentos começarão a ter problema financeiro, e isso pode acarretar em demissão. Pode haver cortes de despesas nos postos", argumenta. 

PROFESSORES RECEBERÃO O
VALOR DO PISO NACIONAL 
Os 27 mil professores da rede pública estadual de ensino vão receber, a partir deste mês, o novo piso salarial estipulado pelo Ministério da Educação, no valor de R$ 1.451,00. O anúncio foi feito pelo Governo do Estado, ontem de manhã, após reunião no Centro Integrado de Governo (CIG) com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp). Os recursos para o pagamento do novo piso serão oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Tesouro do Estado. 
Com a nova base salarial, acrescida das gratificações, o professor da rede estadual em início da carreira começará a ganhar R$ 3.333,00 e a maioria dos 27 mil professores, com a carga-horária de 40 horas semanais, terá um salário médio de R$ 4.070,00. Além disso, o governo do Estado se comprometeu a pagar o retroativo do novo piso referente aos meses de janeiro e fevereiro deste ano. O pagamento será dividido em três parcelas, que serão pagas nos meses de setembro, outubro e novembro. O montante desse retroativo é de R$ 28 milhões. 
A integralização do novo piso salarial representa um acréscimo de R$ 14,5 milhões. Ao ano, o aumento será de R$ 188 milhões, incluindo o pagamento do 13º salário. Desse montante mensal, a secretária de Estado de Administração, Alice Viana, explicou que R$ 8,5 milhões são de recursos do tesouro do Estado e do Fundeb. 'O Estado precisa complementar, já que o recurso do Fundeb não contempla os 100% do pagamento da folha salarial', acrescentou. Ainda segundo ela, os R$ 6 milhões se referem ao valor do abono do Fundeb de R$ 268,00, que passa a ser incorporado ao salário.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Tragédia

Deputado morre em acidente
Por volta das 8 horas da manhã deste sábado, 25, o Seripa (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) registrou o desaparecimento de um avião bimotor, modelo Seneca, teria saído do aeroporto Brigadeiro Protásio de Oliveira (Aeroclube do Pará), em Belém, com destino a uma fazenda da família do deputado e empresário Alessandro Novelino.
Segundo Seripa, três pessoas estariam na aeronave, o piloto e mais dois passageiros, entre eles o deputado Alessandro Novelino e seu assessor parlamentar.
Após o meio dia a aeronave foi localizada próxima a Alça Viária, no município de Acará. De acordo com informações das equipes de socorristas que estão no local, o avião chocou-se com uma torre de alta transmissão da Eletrobrás Eletronorte se destroçando toda e caindo em área de difícil acesso. Já foram confirmadas as mortes dos três tripulantes.

Fraternidade


Campanha da fraternidade 2012


Com o tema: “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a Saúde se difunda sobre a Terra”; será aberta oficialmente a Campanha da Fraternidade 2012, neste domingo, 26, e acontecerá no Hospital Divina Providência, BR 316, km 12, no município de Marituba, localizado na Região Metropolitana de Belém (RMB).

Às 8 horas será celebrada uma missa presidida pelo arcebispo Dom Alberto Taveira, que marcará a abertura da Campanha. Depois acontecerá uma caminhada até o Abrigo João Paulo II, localizado em Marituba, que também desenvolve trabalhos com pacientes de hanseníase.

Vitória


Rancho é a campeã 
do carnaval de Belém


O resultado oficial do carnaval de Belém foi dado ontem (24), por volta das 14 horas na Aldeia Amazônica, quando foi anunciada a vitória da Escala de Samba Rancho Não Posso Me Amofiná. O Rancho sagrou-se campeã do grupo especial do Carnaval 2012 na capital paraense. Como vice-campeã ficou a Escola de Samba Bole-bole que já tinha ganhado dois títulos consecutivos, e o Quem São Eles ficou em terceiro.


A agremiação do Jurunas, o Rancho, conseguir 219,3 pontos, do total de 220. O presidente José Roberto Teixeira disse que a família jurunense já estava esperando este resultado e a melhor forma de contemplar está vitória é com festa. O Rancho arrastou para a avenida do samba mais de dois mil brincantes com o tema “Tempo de Criança". O enredo mostrou o lado bom de ser criança. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mortes


Período carnavalesco violento


A violência contra pessoas teve alto índice este ano. Foram registrados 13 assassinatos, tanto na capital como no interior do Estado. Aconteceram no Distrito Industrial de Ananindeua, no Jardim Sideral, em Icoaraci, em Marituba, no Jurunas, na Pedreira, em Mosqueiro, no Icuí-Guajará (dois) e no Barreiro. Também houve assassinatos em Castanhal, Cametá e Vila dos Cabanos.


Um dos homicídios de maior repercussão, até pela brutalidade com que foi cometido, ocorreu na ilha de Mosqueiro. Patrick Botelho da Silva, de 16 anos, foi assassinado a facadas. O corpo dele foi encontrado na Praia Grande amordaçado e amarrado com as próprias roupas. Marcas de pneus no tórax do jovem comprovam que o assassino passou com um carro por cima do corpo do garoto. Ele morreu na segunda-feira. A Polícia Civil investiga o caso, mas, até ontem à noite, ainda não havia prendido os criminosos.


Uma delas foi morta por um policial militar. A vítima reconheceu o policial dentro de um ônibus e pretendia matá-lo, no Icuí-Guajará, em Ananindeua. Nove dos homicídios aconteceram na capital. No ano passado, foram registradas 28 mortes violentas neste mesmo período.

Violência




Feriadão registrou 78 
acidentes com 3 mortes

No período que compreende a meia noite de sexta-feira, 17, até a meia-noite de quarta-feira, 22, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 78 acidnetes, com 60 feridos e 3 mortos. Como de costume, só na rodovia BR-316 o número de acidentes foi de 56 (72%) do total registrado em todo o Estado. Do quilômetro 0 ao 20 da BR 316, a polícia registrou 34 acidentes, destes 14 pessoas ficaram feridas.

À volta pra casa com acidentes

Na quarta-feira, 22, pela manhã, o retorno dos foliões que foram curtir o carnaval deixou a BR 316 com fluxo de veículos intenso e muito lento. Durante todo o dia, sete acidentes foram contabilizados, os quais apenas causaram danos materiais, sem vitimas. Com maior atenção aos primeiro 14 quilômetros da BR-316, a PRF reforçou o efetivo no último dia de operação. Eram 10 policiais a mais que no dia anterior apoiando a barreira de Ananindeua.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Envolvidos

MInistério Público do Estado apresenta
sétima denúncia por irregularidades

O Ministério Público do Estado (MPE), através do promotor de justiça Arnaldo Célio da Costa Azevedo, apresentou nesta-terçafeira, 13, a sétima denúncia por fraudes na Assembléia Legislativa do Estado (Alepa). 13. Nas acusações estão relacionadas nove pessoas que responderão pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e crime contra processo licitatório cometido em favor da empresa Alta Empreendimentos Turísticos Ltda (Ideal Turismo) que foi irregularmente para fornecer serviços de vendas de passagens aéreas, hospedagens, entre outros, a Alepa.

Na listas dos acusados constam os nomes de Domingos Juvenil (ex-presidente da Alepa no quadriênio de 2007 a 2010), Sérgio Duboc Moreira (ex-diretor financeiro da Alepa), e os membros da comissão permanente de licitação Jorge Luiz Feitosa Pereira, Raul Nilo Guimarães Velasco, Débora Jaques da Silva Cardoso, Françoise Marie de Almeida Cavalcante e Maria de Nazaré Guimarães Rolim.

Não!

Sem Divisão - Pará continua inteiro

Os eleitores do Pará rejeitaram a divisão do território do estado em três em plebiscito realizado neste domingo (11). Tanto na pergunta sobre a criação de Carajás, ao sul da área atual, quanto de Tapajós, a oeste, tiveram majoritariamente respostas negativas pelos eleitores. A confirmação de que o resultado estava matematicamente consolidado foi apresentado pelos presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, e do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), Ricardo Nunes.

Foram 66,6% dos eleitores rejeitaram a criação dos estados de Carajás e do Tapajós, enquanto 33,4% se disseram favoráveis. A certeza do resultado estava dada a partir das 20h. Segundo dados do TRE-PA, dos 4.848.495 eleitores aptos a votar, 1.246.646 não compareceram (25,71% do total) a uma das 14.249 seções espalhadas pelo estado.

sábado, 26 de novembro de 2011

Não e não!!!

MENSAGEM OFICIAL DO GOVERNADOR SIMÃO JATENE SOBRE A DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ

 

Minhas amigas e meus amigos.

O Pará vive o maior desafio da sua história recente. No plebiscito do próximo dia 11 de dezembro, cada paraense, cada homem e cada mulher, terá a responsabilidade de dizer se quer o Pará unido ou dividido em três pedaços.

Como todo paraense, também estou preocupado com a votação, mas como governador tenho a obrigação, a responsabilidade, de estar particularmente atento ao que ocorrerá no dia seguinte ao plebiscito. Quais as consequências reais e os desdobramentos dessa disputa.

Todos sabemos que a questão da divisão do nosso Estado não é coisa nova, à semelhança de vários projetos de divisão territorial existentes no Congresso Nacional, envolvendo estados de grandes e pequenas extensões, como Minas Gerais e Piauí, estados muito ricos e muito pobres, como São Paulo e Maranhão, entre outros. Entretanto, não se pode negar que, até o ano passado, esse assunto, em maior ou menor intensidade, se constituía discurso de alguns políticos nas suas campanhas eleitorais e se esgotava no pós-eleição; portanto, com consequências bem diferentes do que pode ocorrer agora, quando ameaça virar elemento de conflito entre irmãos.

Paraenses, ainda que eu deseje o contrário, tudo leva a crer que, seja qual for o resultado do plebiscito, o dia seguinte será marcado por mágoas, ressentimentos e desconfianças que podem se tornar duradouras, considerando que, diferentemente das eleições regulares que se renovam a cada quatro anos, o plebiscito terá caráter muito mais efetivo e permanente.

E aí cabe perguntar: quem vai cuidar das feridas? E dos ressentimentos? Como evitar que eles se enraízem nos corações e mentes da nossa gente?

A insegurança é maior quando sabemos que o projeto de divisão em pauta não foi fruto de qualquer estudo prévio que procurasse definir o perfil de cada novo Estado. Quais os municípios que deveriam integrar esse ou aquele Estado para que se tivesse um melhor equilíbrio econômico, social e político, para que o povo fosse efetivamente beneficiado. Não, a população em todo esse processo, lamentavelmente, não teve seus interesses considerados. Foi apenas ‘um detalhe’. ‘Detalhe’ que, agora, tem a responsabilidade de decidir diante de um ‘prato feito’, sem poder mudar mais nada.

Até que seja provado o contrário, os parcos estudos existentes não fundamentam uma proposta de divisão, quando muito tentam justificar, ou não, uma divisão baseada num elevado grau de aleatoriedade e subjetividade. E é neste cenário que, como governador, tenho que mediar interesses para que os problemas não se agravem.

Se o ‘não’ for vitorioso, teremos que buscar, todos juntos, cada vez mais, aproximar as regiões e fortalecer o que nos une, implantando novas formas de gestão territorial. Por outro lado, se for o contrário, entre o plebiscito e a implantação de um novo Estado, como ficará a governança do todo que na prática ainda se manterá unido? Quanto tempo levará a efetiva implantação do novo Estado, uma vez que para tal tem que ser ouvida a Assembléia Legislativa, o Congresso Nacional e até a Presidência da República?

Amigas e amigos, o governador, independentemente da sua vontade, tem a responsabilidade constitucional e institucional e o dever ético de conduzir essa questão tão delicada, alertando e tratando das rugas, buscando evitar que as cicatrizes se eternizem.

Os estados até hoje criados o foram em condições bem diferentes das atuais, não colocando em confronto as pessoas, não onerando ainda mais as populações locais e, nesse sentido, nos ajudam muito pouco sobre a experiência do dia seguinte que terá que ser vivida por nós, em certo sentido cobaias de um processo novo e diferente.

Por tudo isso, é preciso ter cuidado ao tratar dessa questão. A ética da responsabilidade me impõe deveres dos quais não posso me afastar. Entretanto, se a responsabilidade me aconselha isenção, do mesmo modo, até por amor à nossa gente, me exige que alerte a todos sobre alguns riscos.

Sempre digo que o voto é tanto mais expressão democrática quanto mais as pessoas souberem sobre o que estão votando; caso contrário, ele pode se transformar no simples aval popular para interesses de alguns, chancela da vontade de grupos específicos.

Assim, não posso deixar de registrar a minha preocupação diante dos rumos da campanha, particularmente na televisão, onde salta aos olhos que o ‘vale tudo’ está em marcha. Falo, exemplificando, do esforço de tentarem destruir a autoestima do paraense e mostrar, como alternativa, que a simples divisão, automaticamente, trará ganhos financeiros aos três estados.

Ora, com todo o respeito que possa ter pelos que fazem tal afirmação, ela não tem qualquer fundamento técnico, como pretendem seus defensores. Pelo contrário. Se quanto à elevação das despesas a criação de novos estados não deixa dúvidas, quanto às receitas, pelo menos atualmente, qualquer prognóstico se faz sob enorme incerteza. Especialmente nesse momento que as transferências federais, e em especial os critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), até por decisão judicial, devem ser reformulados até o final de 2012.

Minhas amigas e meus amigos, eu nunca vi alguém de Belém dizendo que não gosta dos irmãos de Santarém; do mesmo modo, jamais vi alguém de Santarém dizendo que odiava o povo de Marabá. Não, felizmente isso não faz parte da nossa história.

Temos dificuldades, sim, mas quem não as tem? Historicamente, fomos usurpados de nossas riquezas sem que parte da classe política fosse capaz de se unir na defesa das mesmas. Por que jamais nos mobilizamos, efetivamente, para fazer com que a República compensasse o nosso Estado pela fantástica contribuição que sempre deu, e continua dando, para o desenvolvimento brasileiro? Quem tiver boas propostas que as apresente, mas não posso aceitar que, na tentativa de impor seus interesses, qualquer grupo fantasie a realidade e recorra a meias-verdades, levando a nossa população, sobretudo a mais simples, independente da região em que vive, a equívoco e frustração. Não posso aceitar que a luta pela divisão do território se transforme em divisão do nosso povo.

A Europa está cheia de exemplos em que as lutas religiosas, étnicas, deixaram feridas que não cicatrizam. Não podemos permitir que isso aconteça conosco. O Pará não merece isso. A nossa gente não merece.

No peito de cada paraense, esteja ele em Belém, Santarém, Marabá, Altamira, São Felix do Xingu, Chaves, ou em qualquer lugar, bate um coração generoso e vencedor, sempre aberto e disponível a ajudar a todos, até com as nossas riquezas e belezas. Por isso, basta que nos determinemos, individual e sobretudo coletivamente, que construiremos uma sociedade mais feliz.

Que Deus nos dê sabedoria e ilumine a todos.

Simão Jatene - Governador do Estado do Pará