DITADURA DE DILMA É DERRUBADA
Câmara derruba decreto de Dilma que cria plano de
participação social
Oposição
tive apoio de partidos aliados do governo como PMDB, PP e PSD, entre outros da
base. Para PT e Psol, partidos dão tom de "terceiro turno eleitoral"
em revés sobre o governo.
Depois de
muitas horas de discussão e obstrução do PT, PC do B e do PSOL, o plenário da
Câmara rejeitou ontem (28) o decreto presidencial que criou a Política Nacional
de Participação Social. A rejeição se deu com a aprovação do Projeto de Decreto
Legislativo (PDC) 1491/14, apresentado pela oposição, anulando o decreto
presidencial. O PDC, de autoria do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), líder de
seu partido, tem agora que ser apreciado pelo Senado.
Foram quase
três horas de obstrução dos petistas, que estavam acompanhados do PC do B e do
PSOL, na tentativa de impedir a derrubada do decreto. De acordo com o líder do
governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), o decreto presidencial apenas
fortalece um conjunto de conselhos que amplia a representação da sociedade em
processos de orientação e consulta sobre políticas públicas.
O governo
perde, assim, a primeira votação na Câmara dos Deputados depois da reeleição da
presidenta Dilma Rousseff. A oposição obteve o apoio de partidos da base, como
PMDB, PSD e PP. Mendonça Filho (PE), disse que o decreto presidencial tem viés
autoritário. “É uma forma autocrática, autoritária, passando por cima do
Parlamento, do Congresso Nacional, de estabelecer mecanismos de ouvir a
sociedade”.
No início de
julho, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), havia afirmado
que o PNPL, que prevê consulta a conselhos populares nas decisões do governo,
fere a lei, a Constituição e o princípio de separação de Poderes. No final de
outubro. Alves voltou ao comando da Câmara depois de perder a eleição ao
governo do Rio Grande do Norte, derrotado por Robinson Faria (PSD), que teve
apoio do PT.
Para o líder
do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), o decreto apenas fortalece um
conjunto de conselhos. “Ele melhora e amplia a participação da sociedade no
controle da gestão pública”, declarou.
É o mesmo
argumento do deputado Afonso Florence (BA), que é vice-líder do PT. “Não há uma
linha sequer neste decreto que prove a subtração de prerrogativas do Legislativo.
Ele fortalece a democracia, com a participação da sociedade civil, dos
movimentos sociais organizados, setores empresariais, acadêmicos, instituições
de pesquisa”, opinou.
O decreto
da presidenta Dilma Rousseff passou a sofrer ataques da imprensa e da oposição
conservadora assim que foi lançado. Em resposta, um grupo de juristas,
acadêmicos, intelectuais e líderes de movimentos sociais lançou um manifesto em
defesa da PNPS, para ser entregue ao presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL) e ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Os
primeiros signatários do manifesto foram os juristas Fabio Konder Comparato,
Celso Bandeira de Mello e Dalmo Dallari, José Antônio Moroni (do Instituto de
Estudos Socioeconômicos, Inesc) e João Pedro Stédile (do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST).
O
documento defende o decreto afirmando que “contribui para a ampliação da
cidadania de todos os atores sociais, sem restrição ou privilégios de qualquer
ordem, reconhecendo, inclusive, novas formas de participação social em rede”. E
sustenta que a proposta não possui nenhuma inspiração antidemocrática, “pois
não submete as instâncias de participação, os movimentos sociais ou o cidadão a
qualquer forma de controle por parte do Estado Brasileiro; ao contrário,
aprofunda as práticas democráticas e amplia as possibilidades de fiscalização
do Estado pelo povo”.
Com
informações da Agência Câmara e Agência Brasil.
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